Existe uma sentença, uma saudade. A benquerença de um tempo antigo, infinito em si mesmo. Era quando o relógio piscava devagar e esperava o exaspero da carne, o fim da
noite, o último gole.
Eu quero isso que chamo de sempre e que desliza pela memória como se ameaçasse apagar.
Existe um tempo lá atrás onde deixei minhas vestes alegres e um tanto de fé. Hoje me escapam as horas e só o vento corre livre porque desaprendi a correr.
Me resta parar de súbito e – ofegante – reaprender a andar.